sala de controle
Um pássaro morto é o maquinista do meu coração, por isso toda história que lhes conto é algo triste. Não sei quando o pássaro morreu ou se algum dia esteve vivo, quando nasci já estava lá, parando o trem dos amores em estações confusas e sem muita espera. É que de uns anos para cá o trem nunca mais parou, talvez tenha mudado de trilho ou direção, o lado bom dessa escolha involuntária é que não choro mais. Ou pelo menos que choro bem pouco. E uma criança curiosa é a bibliotecária da minha mente, sempre mexendo nos arquivos e trocando as capas do que lembro, sempre escolhendo as coisas novas que não terei tempo de ler. Algumas larvas nadando em meu sangue sempre morrem.
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