quando o pobre coitado é humano
A gente até tenta ser diferente, mas na maioria das vezes fica só nas palavras. É chato mas também sou igual, um niilista. Um tipo desses que finge que a vida não é sobre vazio e morte, sabe? Mas vou lá e respiro fundo, coloco esse meu terno surrado, engulo uma dose de cachaça com mel, me despeço de Patrícia com um beijo e desço a rua até a igreja. E sempre que subo as escadas acabo pensando em Deus ou em como mentir por ele e dar esperança ao rebanho mesmo nos meus dias ruins. Doravante teimo em ser o Francisco que minha Mãe gerou - as vezes Assis, nas preces que o mundo pede, mas em outras só o Coimbra que ninguém conhece e que tem medo de ser ateu.
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