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Hotel Window, 1955 by Edward Hopper
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decorei seu cheiro num perfume triste. e seu nome, por vezes impronunciável, até faz pensar nas tardes em que te chamei de pequena, em que fiz promessas tão tolas e as joguei sobre ti. coisa fútil, adolescente. de quem cresceu demais na consciência, mas ainda treme feito criança a um mínimo sinal de um beijo seu, ainda que em outras bocas, ainda que a voz não seja a mesma, nem o corpo. ah, tem dias em que sua memória me assombra, menina. justo eu, tão cansado de chorar que agora só lamento. e é o que me faz o um coitado, seja de todo o mundo, se não do meu quarto. não nos sobrou nem poesia.
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