31.07.22
Certeza vez li que a quantidade de hormônios disparada quando nos apaixonamos reduz a atividade do lobo frontal - que é o responsável pela racionalidade, organização e tomada de decisões - e isso nos torna impulsivos, irracionais e precipitados. De certa forma o amor é uma droga que nos priva de ver a realidade como se apresenta, não obstante, todo amante é metido a poeta, artista ou inventor, ainda que somente por palavras.
Eu nunca gostei do amor, nunca gostei da sensação de ser refém das emoções, de acreditar que alguém pode preencher o vazio e sumir com as cicatrizes da vida. Afinal, as cicatrizes estão ali por algum motivo - e na maioria das vezes é para nos fazer lembrar de como chegamos até aqui, e acredito que tenha sido pela razão, pela inteligência em superar percalços e não pela ficção dos apaixonados. Ainda que não gostemos nem um pouco disso, a vida de verdade é sobre lidar com a dor.
O amor, na melhor e mais prazerosa das hipóteses, ele só nos distrái. Não substitui o analgésico.
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