clássico de literatura não-terapêutico

Subir o morro com a pedra, investir no esforço impossível e ir recomeçando. Acho que fracassei com Camus, não consigo imaginar felicidade. Cansei do mesmo ainda que não saiba e nem possa outra coisa. Passo a semana contando os remédios e passo o ano marcando e remarcando as consultas. Eu não estou em paz, ando sentindo coisas demais no espaço em que antes não sentia nada. Maior parte disso é dor e ela não passa enquanto assisto a pedra rolando de volta. Desço a ladeira e o corpo arde. A vida arde. Não me deixam desaparecer.

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