cansaço de vida e consciência

 


Às vezes eu queria encolher e ficar pequenininho, subatômico, muito menor que uma formiga, redescobrindo o mundo além do Darwinismo e das normas humanas. 
Às vezes eu queria ficar mudo, ou melhor, ser o próprio silêncio e não dizer mais nada, somente escutar cada canto de pássaro e trovão em nuvem.
Às vezes eu queria morrer, mas não a morte de suicida, queria voltar como árvore e sentir a água em minhas raízes para me fazer crescer rompendo o céu em galhos e folhas, servir de lar.
Mas às vezes eu só queria ser eu, mas sem emprego e sem vizinhos, humano que faz fotossíntese ou robô que sente.
No fim das contas não queria ser nada, nem carne nem água, mas quando desperto sou todas as coisas do mundo e todas essas coisas estão em mim.
Uma consciência.


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