a vida que teima
Não sei se as outras pessoas sentem suas células morrerem, se pensam nas milhões de mortes e nascimentos que acontecem a cada minuto no seu universo pessoal. Desde menino eu fui assim, pensando longe, nessas coisas que ninguém se importa. Por um tempo até duvidei do que via no espelho e tinha medo de que ele me olhasse de volta. Já vi flor nascer em lixão, moita brotando do concreto e até grama vencendo o asfalto. Talvez por isso por mais que a gente não mude, se renova. Aprende a ser igual, mas de outra forma, sem doer tanto, sem trocar pés por mãos ou louros por repolhos. Essa foi uma analogia horrível, mas no fim das contas vai fazer com que entendam a mensagem. Ou talvez não, muito provavelmente o que eu escreva seja para mim, como numa espécie de crônica autocentrada ou besteira do tipo. Enfim, uma alma que peleja, um erro que insiste e até acerta. Eu uso os outros para falar sozinho e vocês também.
Comentários
Postar um comentário