pela manhã e também de tardezinha


O deus-de-quase-todos é preto e quente. Quase sempre amargo, mas as vezes adocicado. Se deita com o branco fica marrom, e se deita com outro marrom fica quase aveludado. Vai bem com quase tudo, até com tristeza. Acompanha sua escrita, seus estudos, pão de queijo, bolo de milho, biscoito de polvilho, misto quente e pão com linguiça. Até mesmo a pipoca é bem vinda para se sentar na mesma mesa. O deus-de-quase-todos é quem nos desperta ou tenta nos manter acordados. As vezes vai bem até gelado, com canela, creme e há quem misture rapadura e hortelã. É um deus-plural, de toda a gente e até quem não gosta oferece. É o deus-bom dia, mas também serve nos dias ruins. É o abraço amigo da solidão e o corpo quente do inverno sozinho. Ou é só café mesmo, como se entende no popular. E talvez esse texto seja só a ode de um viciado, mas quem não é?

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