pistas ou alpistes
não serei formal e já antecipo minhas desculpas. não sei ser gente, mas como humano, também não posso ser outro animal. por gente, que não consigo ser, entenda-se o homo sapiens mediano. não, não me acho brilhante. mas meus planos, e sonhos, e desejos, e karmas, e tudo que gira em torno da órbita do meu self destoa e muito do que o mundo diz que deveria ser para mim. ou que todos querem, enfim e em média. li que Schulz considerava Charlie Brown um símbolo de resiliência. ele sempre perdia, ele raramente melhorava, todos pisavam em cima de si e ainda assim ele estava ali, tentando, incrédulo da verdade na narrativa da maioria. Charlie Brown é Sísifo. eu sou Sísifo. eu sou Charlie Brown. a maioria é o que se espera, é Cristo, casa, filhos e uma tv de 44 polegadas parcelada em 20% do salário por 48 meses com juros. adianto as desculpas, não posso ser gente e nem animal. posso ser coisa, posso ser isso. estou abaixo ou acima, mas nunca no meio. não sou Hermes Trimegisto, mas bem poderia ser meu nome. sou isso. é preciso imaginar Chuck feliz.

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