sobre um mau nadador
Como a superfície me sufoca sempre fui a fundo. Nunca um disco, mas todos. Nunca um filme, quase sempre três. Nunca um só livro, poema, crônica, artigo ou café. Com quinze anos não sabia dizer "oi" a uma garota mas conseguia conversar sobre evolucionismo com um pós-doutor. E assim a vida seguiu. Mil qualidades não monetizáveis e nenhum relacionamento duradouro. Muito pouco dinheiro e um sem número de amizades maravilhosas. Sempre profundo, sempre irrestrito. Não vim ao mundo para nadar contra a corrente, seguir a corrente ou o que seja, sequer sei nadar. Tudo que eu sei é ler, e desde então leio o mundo.

Lindog
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