nota/2: sobre uma tranquilidade
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| Frigga, foto por Amanda Dedino |
Mergulhei na memória tentando buscar algum resquício de felicidade, não encontrei nada, nem um pedaço ou migalha sequer. Tropecei numa coisa viscosa, verde, com desenhos mal feitos embora. Que coisa essa? Um monte de palavras bonitas de Amandas, Lorenas, Vanusas e Letícias. Mil odes de amor e amizade de pessoas que querem minha companhia ainda que nem sempre isso pareça fazer sentido. Foi um mergulho profundo e solitário, mas quando emergi na superfície encontrei um sorriso que ia de canto a canto de uma boca de dentes tortos. Esse sorriso é felicidade? Não sei. Quando acordei não pensei em mais nada. Fechei de novo os olhos e dormi feito criança. Aquele sono das crianças que ninguém pode roubar, com a certeza de poder acordar com a esperança de que, eventualmente, pode dar certo. E se não, enfim, a cerveja com as pessoas amadas vai ser sempre uma opção naquele lar que é onde o coração mora. Esse lugar que também faz do coração um lar. É aqui que uma criança dorme.

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