egrégora paulistana

Os prédios não me sorriem, o asfalto não me exige um bom dia. As ruas dessa cidade são impessoais. O concreto grita como se estivesse vivo, e eu, ou nós, os humanos, nós corremos de um lado para o outro como o sangue vermelho cruzando veias e artérias e cumprindo sua função. A pressa, o pixo, a poluição e o clima esquizofrênico não nos negam a possibilidade, aqui corremos todos desesperados por vivermos nossas próprias vidas. Então aqui eu sou  um número, um detalhe estatístico insignificante, aqui eu não sou esquisito, aqui eu sou ninguém e essa é a melhor sensação do mundo.

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