fracote
as vezes sinto falta do cigarro, de soltar fumacinha pro alto, de viver pensando errado feito adolescente, um idiota que se sente cult enquanto queimam os pulmões. se bem que eu não me sentia cult, eu me sentia bobo, fútil, carente, revoltado e tudo me prejudicava o juízo. não servia nem pra limpar chão, rasgava mais fácil que pano, gritava mais alto que um cão. só que agora eu choro mansinho, sofro calado, passo um café e a vida segue, como se nem tivesse começado. hoje o meu pranto combina com fado, minha arrogância, bandida, essa só combina com meu amor, e com tudo isso que compõem meu fracasso. todo mole, feito um pudim.

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