quase vinte dias por aí
Viajar é bom, sair do quarto escuro, ver os amigos, reforçar os afetos antigos e também criar novos, ainda que derivados dos primeiros. É como fugir um pouco da prisão rotineira que as circunstâncias numa sociedade de consumo baseada na exploração do homem pelo homem nos impõem. Berilo é o lugar em que nasci mas que vai ser sempre para onde vou para morrer. É inevitável tamanhos os traumas e lágrimas que derramei naquela terra vermelha, mas sair de casa amplia o campo de visão, desanuvia a mente, retira o véu da depressão e permite ver e sentir alguma coisa além da neblina nos sentidos. Parece bobo, mas esses curtos tempos com esses abraços e sons agradáveis me animam tanto que quase sinto o abraço de um Deus-interior. E isso eu escolhi chamar de felicidade.
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