35 coisas
Recentemente completei três décadas e meia de vida e é curioso como a tristeza deixou de ser uma constante dessa data. Não que eu estivesse no ápice da felicidade por envelhecer, mas já não sofro pelos efeitos do tempo e nem pelo desamor. Muito pelo contrário, me sinto bastante amado e aceito, e apesar de não conseguir imaginar um futuro viável, sei que tenho possibilidades e confio muito quando as pessoas que amo e me amam de volta apontam e me mostram coisas que eu posso fazer. Recentemente tive a experiência prática de ser tio e foi bastante interessante perceber que não é o laço sanguíneo que te faz amar alguém, mas as relações construídas em torno dessa pessoa. O amor é em grande parte uma experiência coletiva resultante de um esforço maior que o de uma pessoa só. E não pode ser via de mão única. Parece uma bobagem piegas de se dizer, mas quero viver mais para ver essa criança crescendo como quero viver mais para brincar com os animais de todos os meus amigos. É desse jeito besta que gosto de viver, e no fim das contas nenhum bom marinheiro navega sozinho. Principalmente os que, assim como eu, nunca aprenderam a nadar. Já vivi mais do que Jesus Cristo.
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