e diante dos lábios e do abismo de poseidon eu não saltei

 


Olhei para o mar e foi como se olhasse de volta, como se dissesse a esse pobre coitado desastrado que ficasse longe e só admirasse assim como faz com seus quadros de paisagens favoritos. O abraço do mar pode custar uma vida, disse um velho Netuno que delirei a beira mar. Fiquei em completo silêncio e senti a brisa. Não entendi a emoção que veio, mas por um momento o som das ondas fez com que não houvesse ninguém à minha volta. Nem banhistas, nem vendedores, nem casa e nem outro tipo de gente ou alucinação de fantasma. E naquele pequeno instante, sozinho no mundo, eu fui feliz. Completamente sozinho no mundo eu fui feliz. E o mar não me abraçou, e nem ninguém me abraçou, mas eu sorri aliviado.

Só.

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