claros montes, de novo
montes claros é quente, quente o suficiente para queimar minha pele, que arde. e os meus pés se enchem de bolhas nos buracos dessa cidade. cidade quente, buracos por toda parte. aqui as ruas do centro tem odores diversos, lixo, suor, plantas estranhas e escassez de desodorante. e também me impressiona a quantidade de cabeças ruivas, cabeças ruivas e músicas pobres. e tem do outro lado da avenida os bares, os hipsters, universitários e de esquerda, com sua sensibilidade que é produto de boutique, mas esses são personagens jovens e habitam absolutamente qualquer lugar. que fazem toda a questão de estragar, a bem da verdade, mas isso também faz parte onde ser decadente é um luxo. uma noite dessas sonhei que invadia uma reunião de monarquistas ali pros lados da unimontes, por puro prazer. essa semana no supermercado esbarrei com um neonazista, um tal de lalá, sujeito patético com um código de barras tatuado no braço. enfim, espero mesmo que morra, é meu desejo de natal. e enfim, aqui são muitos lugares, muitos contrastes, e de certa forma tudo morre aqui no norte de minas. nessa egrégora ruim, nesse cristianismo semi analfabeto e no suor escorrendo na minha testa. a bem de mais uma verdade, me admira bastante não ter nascido aqui, a minha confusão é a mesma. e por mim, minha casa.
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