viagem ou uma são paulo que soube alimentar os seus
Foram quatro anos entre a última vez em que estive em São Paulo e a viagem atual que se encerra agora. É curioso como tudo muda muito, mas as pessoas que amamos e nos amam de volta raramente mudam alguma coisa. Mudam os cortes de cabelo, os desenhos na pele, os empregos, a idade, mas quando olho em seus olhos ainda são os mesmos e talvez por isso dê para rir das mesmas coisas e de outras diferentes. A verdade é que aqueles risos que tive a quatro anos atrás parecem da noite anterior aos que tive na última sexta-feira ainda que não sejamos mais tão jovens. São Paulo me causa essa espécie nostalgia diferente, algo como uma leve ansiedade por todas as possibilidades que não tive ao mesmo tempo em que me permite caminhar confortável sem ter um rosto conhecido, é bom ser um ninguém que se sente amado. É bom fazer da vida algo que não seja um pequeno conto sobre drama e tragédia. Pelas próximas horas um ônibus há de ser uma casa. Qualquer lugar é uma casa. Lar são os afetos que carregamos pela vida, não são os tijolos.
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