mais uma outra perspectiva sobre um prêmio jabuti

 


Nunca concluí a escrita de um livro pois sempre defendi que o efeito de um livro ruim é muito pior do que o de livro algum, afinal, a segunda opção não causa nada, não vem ao mundo e não tem efeito ou reação. Reconheço que livros ruins são diversos (ou adversos), causam risadas, constrangimento e até entretém, mas não o suficiente para que sejam uma causa justa para o ode ao mau gosto que é tão comum nesse tempo. É que quase sempre a crítica especializada de um livro é um favor a um amigo ou a alguém a quem deseja comer; quase sempre um elogio aos escritos de alguém são meros atos de boa fé. E ainda que seja necessário ter boa fé e que seja necessário ser conveniente, nem todo mundo escreve bem e mesmo entre os que escrevem, nem todos merecem ser lidos. Sequer vejo algum mérito em dedicar tempo a ler qualquer coisa, clássicos ou porcarias, mas como falei anteriormente, pode até entreter e enquanto entretidos suportamos a vida. Só que eu não quero entreter, não sou um bom comediante e quase sempre causo desconforto - e quando causo desconforto descambo a dar risadas sozinho. Tampouco sou filósofo, professor, intelectual, cientista, guru religioso ou vendedor de cursos, meu riso favorito não merece ser dividido.

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