sobre a fragilidade da fé

Religiosos que se ofendem com provocações de ateus não costumam ter bases muito sólidas para suas convicções, e justamente por isso elas são tão frágeis. Absolutamente toda religião deísta, seja ela mono ou politeísta, tem em seu cânone e com certa clareza a ideia de que se Deus(es) quisessem que eu acreditasse neles entraria(m) em contato comigo, afinal, o fazem o tempo todo com centenas de "escolhidos" e "profetas". Sendo essas criaturas místicas e onipotentes verdadeiras, não faz sentido que seus fiéis se incomodem com os deboches advindos de um mortal, afinal, as próprias divindades não se manifestaram sobre.

Acredito que maior parte dessa insegurança na própria fé venha do fato de que religiosos não são muito adeptos do real estudo da própria religião, no máximo eles lêem um post ou escutam uma pregação de um líder ou guru espiritual e outro, repetindo como papagaios os dogmas e interesses dessas figuras de autoridade. Outra coisa que não ajuda é a própria teologia, uma pseudo-área de conhecimento que nada produz que não justificações e ilações circulares e abstratas que não sobrevivem a lógica mais básica, o que torna impossível se sentir seguro se sustentando em algo tão vazio. Por isso admiro o esforço de quem tenta sustentar sua crença com a materialidade dos fatos da natureza, pois mesmo quando equivocados e costumeiramente absurdos, demonstram um intuito verdadeiro de conhecer a verdade sobre a realidade e não se contentarem ou se justificarem sobre preceitos sem sentido algum. 

É melhor acreditar que Deus(es) deu(ram) início ao "big bang" do que defender o absurdo de sermos feitos de barro e costelas em um planeta de dez mil anos de idade.

Comentários

Postagens mais visitadas