refém do cotidiano

Passei um café e fui olhar o céu, 36°c a temperatura mas as cachorras parecem não se importar. Faço 34 anos em agosto e ainda não sou bom em ganhar dinheiro, e quem não é bom em ganhar dinheiro não é bom em pagar contas, e pagar contas é o que define o homem virtuoso da sociedade capitalista. No fim das contas acabo não sendo nada, já que tudo que possuo é imaterial e então nada me possui de volta.
Há dias em que o tempo me devora, minutos parecem horas e quando o foco se perde as horas passam feito nada e nada é feito. É quase uma paralisia, como se fosse um robô aspirador vivendo no automático. Tenho medo das obrigações mas também de não ter nada o que fazer. Talvez se trocasse uma peça seria outra coisa, mas não sou máquina, infelizmente.

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