aos meus afetos infantilizados

 


Brincar é um estatuto da alma. Manter-se criança até o fim talvez seja o privilégio de uns poucos autistas aos quais me incluo. Brinco com cachorro, brinco com as palavras, brinco de amor e brinco de adulto para conseguir me sustentar. Verdade é que eu não seria nada se não fosse besta, não seria nem mineiro destranbelhado que gosta de cachaça, queijo e que sempre volta. Eu estou aqui mesmo quando vou embora. Empurrando esses carrinhos que a vida joga tentando me atropelar.

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