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Senti a navalha rasgar minha pele em ritmo de canção. Não podia me mover, mas mentalmente gritava. De repente sombras humanas me rodeavam enquanto um homem mascarado retirava estilhaços de dentro de mim. Um a um, quase como se contasse bolinhas de gude coloridas para decidir quando apostar. Não lembro o que apostei, sequer sei dizer que cheguei a concordar com alguma aposta, na verdade não me lembro de nada além de abrir os olhos e me ver caído ao chão numa poça de sangue e álcool. Deus não protege os bêbados, tudo não passou de promessa vazia, por isso não gosto dos Padres. Voltei a me sentir sonolento, minha consciência agora é turva e tudo escureceu. Haverei de voltar? O sono é maior que eu, mas a vida não quer me deixar agora.
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