o espaço entre a estrada e o começo da minha rua
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| Bojack Horseman |
Acordo as 8, o primeiro comprimido do dia, preparo meu café e olho para o céu, talvez procure uma saída. Não sei se é resignação, mas hoje aceito que sou o melhor que poderia. Já não sofro pelos fetiches e afetos do mundo, ademais, não sei se quero algo além do que posso colher com minhas mãos. Entretanto, sinto todas as horas do dia passando, meu tempo se esvaindo, vez ou outra uma leve euforia, e o que isso me diz é que não sei mais sofrer. Apenas espero. Talvez cresci demais para me alimentar de pena, autopiedade e mendigar atenção. Sou mais humano que um cão metafórico, afinal. E ao invés de me lamentar pelas coisas que não tenho ou vivi, apenas me distraio. Minhas angústias me parecem piadas. Começo a rir das coisas como se não fizessem sentido algum.
...mas fazem. E as vezes dói, ainda que eu não sinta.

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